quinta-feira, agosto 25, 2005

O "qué" que ele disse?


No Boletim de Propaganda “Moita Municipal” nº 8 de Julho/ Agosto de 1999 somos brindados com um editorial de levantar as mãos aos céus.
O discurso do politicamente correcto e as frases escritas numa cábula, para serem usadas ao longo do mandato, porque a sua utilização é bonita, dando um ar de modernidade.
Se não vivesse por cá e me deixasse levar pelo palavreado, eu levaria o concelho da Moita para o top dos concelhos com maior e melhor qualidade de vida. Felizmente, o bom palavreado usado pelo poder local não entra na contabilização para os índices de desenvolvimento que premeiam os concelhos com maior qualidade de vida.
Irão surgir discursos infundados dos amigos, simpatizantes e militantes da CDU, com o discurso repetitivo das águas, maior aquífero do país, a construção com planeamento, blá blá blá, etc.…
Só tenho pena que estes simpatizantes se remetam ao silêncio quando se desmascaram estas notícias. Se os mesmos se sentem incomodados, preferindo não comentar (e estão no seu direito), eu exerço o meu direito à indignação e recupero as promessas passadas que ficaram só no papel.
As palavras de modernidade proferidas pelo então presidente, João José de Almeida, são um insulto à inteligência das pessoas, senão vejamos:
“… à valorização do tecido empresarial, ao aprofundamento da cidadania e à valorização da identidade do concelho e a sua imagem.
A escola, o associativismo, o turismo e o lazer, a modernização administrativa não podem igualmente dissociar-se deste novo caminho a tomar…”
.
O poder local, que muito gosta de argumentar e apresentar obra feita com números, diga aos leitores o que fez para valorizar o tecido empresarial, por exemplo comparar a criação e as falências das empresas no concelho da Moita e o nível de desemprego registado no concelho.
Quanto ao aprofundamento da cidadania, pressuponho que as pessoas deveriam ser mais interventivas na vida política, contestando e intervindo no poder. Aqui, foi um visionário, mas tenho de lhe dar os parabéns. Passados 6 anos, existem alguns blogs em Alhos Vedros que contestam o vosso poder fazendo jus ao aprofundamento da cidadania.
Sou interventivo e apelidado de reaccionário porque a minha maneira de pensar não se adequa à doutrina política de V.Exas.
Esboço um sorriso nos lábios, ao ler o restante parágrafo onde não podiam dissociar-se do novo caminho a tomar referente às escolas, o associativismo (anedótico), turismo (onde? Só estão a contabilizar a Feira de Maio e as festas da Moita?), o lazer ( O bem estar à beira Tejo?) e a modernização administrativa.
“… das bases de acordo com vista ao desenvolvimento de uma nova urbanização de grandes dimensões em Alhos Vedros veio também reafirmar as expectativas desta autarquia quanto ao inevitável crescimento urbano do concelho e à necessidade de este ser acompanhado pelo investimento municipal em infra estruturas e equipamentos num futuro muito próximo, antecipando e controlando, assim, essa dinâmica de crescimento.
Mas porque não é só de crescimento que se trata, foram inegavelmente acautelados
neste acordo os interesses concelhios em matérias tão sensíveis como a qualidade de traçado urbano, a existência obrigatória de um grande espaço verde, equipamentos escolares e desportivos bem dimensionados ou instalações para comércio e serviços públicos (…)”

Falaram muito bem , sim senhor, mas, na minha modesta opinião, venderam a alma ao “diabo”, porque agora, em troca de contrapartidas que exigiram à Fadesa, esta empresa sente-se no direito de construir o que quiser e apresentar os projectos que julgue de modernidade, mesmo que para isso interfira nos terrenos com REN de Sarilhos Pequenos para a construção do campo de golfe e hotel.
As infra estruturas acima mencionadas desapareceram do projecto, como se de um truque de Houdinni ou David Copperfield se tratasse.
“ ..É pois, com renovada confiança que encaramos o futuro com esperança, sem medos infundados, porque nos apoiamos firmemente num sério trabalho de planeamento e na legítima convicção de que as opções tomadas vão ao encontro do grande potencial de desenvolvimento do concelho da Moita.”
É pois, senhor Presidente, o grande potencial de desenvolvimento do concelho que a Fadesa , descobriu por cá.
Tem razão, Sr. Presidente, tem razão.

Comments:
Não podem dizer que, não foi um grande discurso, digno de um Presidente. Quem será que escreveu isto?
 
A very sharp criticism!
Interesting approach and analysis. Documents speak for themselves.

Mr President! The Mayor!
Watch out!!...

Mr HOliude! Keep up the clear judgement!

Best wishes,
I Spy
 
Bad, Bad...Maria !
The i Spy returns.
 
Ainda o pessoal se queixa do Jardim.
Esse ao menos sempre vai dando alguns "doces" para entreter a rapasiada, participa entusiasticamente no carnaval, etc.
Mas parece que por aí o(s) "governador(es)" são "fidéis" com o eleitorado.

Desculpem mas não resiti.

Não conheço a vossa realidade dessa "bela localidade", os meus comentários baseiam-se apenas no leio.
...e porque tristezas não pagem dívidas, e rir não têm qualquer taxa adicional, cá vou deixando umas cosisitas.
 
Isto é muito bonito, mas fica a questão : Será que Portugal tem enveradado pelo desenvolvimento e o cú de Judas veio para a Moita, ou, a Moita com todos os seus defeitos e sem virtudes é apenas o cú de Portugal? Porque a ser assim o Oliúde é o fruto que saíu do cú do Concelho.
 
Não te preocupes com o que o apóstolo Judas diz. Antes, ele não sabe o que diz!
Caro Oliude, continua com a tua tarefa gratificante de desenterrar estas "pérolas"

Na 4ª feira passada, pessoal da VARZEA empunhou e leu excertos de um jornal da CMM. creio de Julho de 1996, que continha preciosidades.

Era bom que publicasses.

Cumprimentos (e larguras)
 
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